“Não foi um álbum fácil e divertido  de se fazer,” Bob contou à Music Radar (via Blabbermouth). “Claro que  demos algumas risadas, mas as coisas foram difíceis. Eu disse aos caras  que quando completássemos esse álbum eu nunca trabalharia com eles de  novo. Eles sentiram o mesmo a meu respeito.”
Sobre sua aproximação com composições do ‘mainstream’: “Eles tinham quebrado uma barreira, mas ainda não estavam nas rádios  mainstream. Quando vieram até mim eles estavam prontos para fazer esse  salto para algo grande. Um bocado de pessoas pensa que eu mudei a banda.  Não mudei. Suas cabeças já estavam mudadas quando os conheci.”
Sobre  o estilo de tocar bateria de Lars Ulrich: “Eu notei que o Lars tocava  para a guitarra de James muito parecido com o jeito que Keith Moon  tocava para Pete Townshend (THE WHO). Isso é legal para algumas bandas, mas não para todas. O ‘Back In Black’ do AC/DC  foi um grande ponto de referência para um álbum de rock que  ‘grooveava’. Eu disse isso em ordem para captar aquele sentimento, ele  tinha que ser o ponto focal musicalmente. Então, em certas músicas, a  banda tocou para Lars. Eles o acompanharam. Fez uma diferença real.”
Sobre  James Hetfield: “Ele queria ir mais a fundo com sua composição. Ele  queria que suas músicas realmente importassem. Nós falamos a respeito de  grandes compositores, como (Bob) Dylan e (John) Lennon e Bob Marley, e  eu acho que ele viu isso que ele poderia escrever para si mesmo, mas  ainda tocar outras pessoas. Foi uma luta para ele, mas ele teve um  tremendo avanço como compositor.”
Sobre gravar como uma banda ao  vivo: “Eu insisti na banda tocar ao vivo no estúdio. Eles nunca tinham  feito isso antes – todos os seus álbuns anteriores foram gravados em  sessões separadas. Eu disse a eles, ‘vocês são uma grande banda ao vivo.  Esta vibe é crucial para o álbum.’”
Sobre ‘Enter Sandman’: “Eu  pedi a Jason (Newsted) para tocar mais como um baixista e menos como um  guitarrista. Coloque isso com a nova perspectiva que Lars teve sobre a  bateria e nós tínhamos uma música com um groove matador. De cara,  baseado na música e no riff, a banda e seu empresário acharam que  poderia ser o primeiro single. Então eles ouviram as letras de James e  perceberam que a música era sobre morte no berço. Isso não iria dar  certo.
Eu sentei com James e conversei sobre suas letras. Eu disse  ‘O que você tem é ótimo, mas pode ser melhor. Tem que ser tão  literal?’. Não que eu estivesse pensando no single; apenas queria que  ele fizesse a música grande. Era um processo dele aprendendo a dizer o  que ele queria, mas de um modo meio que aberto e mais poético. Ele  reescreveu algumas letras e surgiu... o primeiro single.”
Sobre  “Sad But True”: “Eles tocaram para mim a demo e eu os disse que eu achei  que era a 'Kashmir' (N.T.: tida como uma das maiores canções do LED ZEPPELIN,  do álbum Physical Graffiti) dos anos 90. Até onde sei, eles nunca  tiveram nada tão pesado, tão energético e poderoso. Ritmicamente, eu  poderia falar que ela tinha o potencial para ser absolutamente  esmagadora!
Nós estávamos em pré-produção, e era desconfortável  pois ninguém tinha feito isto com eles antes, e depois de seis canções  veio ‘Sad But True’. De repente, eu percebi que cada música, incluindo  esta, estavam afinadas em #E.

 
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