terça-feira, 18 de maio de 2010

Metallica (Estádio do Morumbi, São Paulo, 31/01/10)























Primeiro, Sepultura sobe ao palco para mostrar que os brasileiros também sabem fazer heavy metal. Mas com uma chuva chata, que fez da pista um aglomerado de capas de chuva.

O show dos caras foi excelente, o som estava ótimo e contou com grandes clássicos da era Max Cavalera, como "Troops of Doom", "Inner Self" e "Territory".

Alguns minutos passam e o público fica aflito esperando pelo Metallica. O céu aberto exibe diversos raios entre as nuvens, gerando furor no público ao ser uma referência acidental ao segundo disco da banda, Ride The Lightning.

As luzes se apagam e começa "Ecstasy of Gold", instrumental oficial no início dos shows do Metallica. Nisso, a chuva vai parando enquanto o público a esquece - parece até um movimento sincronizado. A música de abertura, assim como nos outros shows da turnê, foi o clássico "Creeping Death", do álbum "Ride The Lightning". O que começou bom, enlouqueceu os fãs quando, na sequência, a faixa-título começou: "Ride The Lightning".

Na sequência, uma música que poucos esperavam: "Fuel", do álbum "Reload". Direto do disco apelidado de "Black Album", a continuação se deu com "Sad But True". Então os caras resolvem tocar mais uma do "Black Album", mas uma que ninguém esperava: "The Unforgiven", inédita nesta turnê. A balada contagiou até os headbangers mais extremistas.

Mostrando que seu último álbum, "Death Magnetic", soa como o Metallica que os fãs tanto cobravam, tocaram "That Was Just Your Life" seguida por "The End Of The Line".

Outro clássico do álbum "Master of Puppets" que a banda não havia tocado nos outros shows no Brasil foi "Welcome Home (Sanitarium)". Depois, ao contrário do dia anterior, "The Day That Never Comes" saiu do setlist dando lugar a "Cyanide". A última música do "Death Magnetic" foi "My Apocalypse", também muito bem recebida.

Difícil dizer qual foi o maior ápice do show, mas este certamente concorre: as luzes se apagam e a pirotecnia come solta na introdução de "One", o maior hit do álbum "...And Justice For All". Incrível ver um estádio ressonante com letras em inglês de uma banda de heavy metal! Na continuação, outro clássico maravilhoso executado foi a faixa-título do álbum "Master of Puppets".

Agora, para os fãs do segundo álbum da banda ("Ride The Lightning"), o privilégio deste terceiro show no Brasil foi escutar a porrada "Fight Fire With Fire". Aquilo foi incrível! Mas todos se acalmaram depois, com "Nothing Else Matters", a balada mais popular da banda, do "Black Album".

Fechando o setlist principal, "Enter Sandman", que parecia um hino no estádio. Emocionante ver dezenas de milhares de pessoas cantando junto com o mister James Hetfield.

No bis, como esperado, a primeira faixa foi um cover. Para o domingo, a banda escolheu "Helpless", do Diamond Head. Na sequência, "Hit The Lights", do álbum Kill'em All e, após fingir que iam embora, voltaram para tocar "Seek And Destroy", já com as luzes acesas.

Na saída, somente os sorrisos nos rostos de jovens de diversas gerações. Pais com filhos, amigos adolescentes, amigos adultos e da meia-idade. A música que preocupava os pais nos anos 80, hoje os une a seus filhos. É o poder do heavy metal, é a atitude do rock and roll!

Após trocar de produtor e realmente buscar sua sonoridade mais antiga, o Metallica conseguiu de fato conceber um excelente álbum ("Death Magnetic"). Somando a inovadora presença do baixista Robert Trujillo, a banda sofreu um processo de redescobrimento, de ideias novas mas com a mesma inspiração de quando começaram.

É possível perceber o entrosamento, a boa fase que vive a banda. Agora, talvez possamos afirmar que o Metallica amadureceu e encontrou sua identidade. E sim, James, depois deste show inesquecível, nós perdoamos a banda por estar há 11 anos longe do Brasil. Mas não tardem a voltar!

SETLIST
Intro - Ecstasy of Gold
1. Creeping Death
2. Ride The Lightning
3. Fuel
4. Sad But True
5. The Unforgiven
6. That Was Just Your Life
7. The End Of The Line
8. Welcome Home (Sanitarium)
9. Cyanide
10. My Apocalypse
11. One
12. Master of Puppets
13. Fight Fire With Fire
14. Nothing Else Matters
15. Enter Sandman

bis
16. Helpless
17. Hit The Lights
18. Seek And Destroy

KISS FM - a rádio oficial do Metallica no Brasil!

Metallica: James Hetfield foi roubado em Moscou?

De acordo com a Prime Time Russia, o vocalista do Metallica James Hetfield teria sido roubado em um restaurante de Moscou no fim de semana.

Hetfield alega que ele e seus colegas comeram bifes e saladas no valor de cerca de 8.000 rublos (270 dólares). Hetfield pagou no cartão, mas depois viu que ele havia sido faturado em mais de 19.000 rublos - o dobro da conta.

Quando ele voltou ao restaurante para se queixar, a gerência mostrou-lhe um recibo da conta com a sua assinatura nele. Hetfield acredita que a sua assinatura pode ter sido forjada.

Metallica: melhor álbum de Heavy Metal de todos os tempos




O disco de 1986 do METALLICA, "Master of Puppets", foi nomeado o "melhor álbum de heavy metal de todos os tempos" em uma enquete realizada pelo site MusicRadar.com.

Com os resultados divulgados no International Noise Awareness Day, o MusicRadar.com se juntou com a Metal Hammer, a revista mais famosa de heavy metal do Reino Unido, para criar uma contagem regressiva dos discos definitivos para bater cabeça. A enquete online atraiu mais de 6 mil votos dos músicos e entusiastas do metal.

Com espetaculares 20% do total de votos, "Master of Puppets" continua tão popular hoje quanto quando foi lançado em Março de 1986. Aclamado pelos fãs e pela crítica, o álbum já recebeu múltiplos discos de platina, chegando a vender mais de seis milhões de cópias só nos EUA, apesar de não ser tocado em rádios, e não ter singles ou clipes.

A presença do Metallica na cena heavy metal é evidente na parada, com quatro de seus álbuns aparecendo no top 25 do MusicRadar.com. Hoje, a banda continua a tocar em shows esgotados através do globo, com sua música aparecendo regularmente em jogos de sucesso, incluindo “Guitar Hero” e “Rock Band”.

A banda norte-americana venceu o lendário álbum "The Number of the Beast" do grupo do Reino Unido, Iron Maiden, que ficou em segundo lugar. Em terceiro lugar, aparece "Appetite for Destruction" do GUNS N' ROSES.

Segundo Mike Goldsmith, editor-chefe do MusicRadar.com, "seja AC/DC fazendo a trilha sonora de 'Iron Man 2', RAGE AGAINST THE MACHINE conquistando a primeira posição na parada natalina do Reino Unido, ou o Iron Maiden ganhando um Brit Award, o heavy metal não é mais uma preocupação underground. Mais de 6 mil músicos e metaleiros concordaram e votaram na enquete mais popular feita pelo MusicRadar.com até o momento. É mais um prêmio para a obra de arte do thrash do METALLICA e a trilha sonora perfeita para o International Noise Awareness Day. Aumenta o som!"

Alexander Milar, editor da Metal Hammer, completou, "este é um resultado emocionante - mas não será surpresa para os fãs de longa data, já que o 'Master of Puppets' do Metallica é um marco absoluto para nosso amado estilo. Variando da detonante e frenética 'Battery' a majestosa elegância de 'Orion', 'Master of Puppets' ainda explode com o jeans suado do começo mais humilde da banda. O Iron Maiden deveria ter ganhado a enquete? Ou o Guns N' Roses é realmente heavy metal? Debates como esses durarão para sempre, e é um testamento da inteligência e paixão incrível dos metaleiros ao redor do mundo."

Melhores álbums de todos os tempos, segundo a MusicRadar.com:

01. Metallica - Master of Puppets (1986)
02. Iron Maiden - The Number of the Beast (1982)
03. Guns N' Roses - Appetite for Destruction (1987)
04. Metallica - Ride the Lightning (1984)
05. Slayer - Reign in Blood (1986)
06. Megadeth - Rust in Peace (1990)
07. Black Sabbath – Paranoid (1970)
08. AC/DC - Back in Black (1980)
09. Pantera - Vulgar Display of Power (1992)
10. Iron Maiden - Powerslave (1984)

carta aberta ao lendário cantor de heavy metal Ronnie James Dio (DIO, HEAVEN & HELL, BLACK SABBATH, RAINBOW)

O baterista do Metallica, Lars Ulrich, escreveu a seguinte carta aberta ao lendário cantor de heavy metal Ronnie James Dio (DIO, HEAVEN & HELL, BLACK SABBATH, RAINBOW):

Caro Ronnie,

Acabei de sair do palco em Zagreb. Acabei de saber da notícia que você faleceu. Eu estou em estado de choque, mas eu queria que você soubesse que você foi uma das principais razões de eu estar nesse negócio, para começar.

Quando eu o vi pela primeira vez com o Elf, abrindo para o Deep Purple em 1975, eu estava completamente encantado pelo poder de sua voz, sua presença no palco, sua confiança, e a facilidade com que você parecia se conectar com 6.000 pessoas dinamarquêsas e um sonhador de 11 anos de idade, a maioria dos quais não estavam familiarizados com a música do Elf. No ano seguinte eu fiquei tão empolgado quando ouvi as notícias de que uniria forças com o meu guitarrista favorito. Vocês soaram tão bem juntos e eu instantaneamente me tornei o fã nº 1 do Rainbow na Dinamarca.

No outono de 1976, quando você fez seu primeiro show em Copenhagen, eu estava literalmente na fila da frente e as duas vezes que fizemos contato com os olhos você me fez sentir como a pessoa mais importante do mundo. A notícia de que vocês ficariam hospedados na cidade no seu dia de folga embutiu em mim de alguma forma, no meu cérebro, e eu fiz a peregrinação ao Hotel Plaza para ver se eu poderia de algum modo pegar uma foto, um autógrafo, um momento, qualquer coisa. Poucas horas depois você saiu e foi muito gentil e atencioso... fotos, autógrafos e alguns minutos de brincadeira casual. Eu estava no topo do mundo, inspirado e pronto para qualquer coisa. O Rainbow veio a Copenhagen mais algumas vezes ao longo dos próximos anos e cada vez que vocês estiveram aqui, a banda fundiu minha mente, e por uns bons três anos, foram a minha banda favorita absoluta no planeta.

Ao longo dos anos tive a sorte suficiente de me encontrar com você uma meia dúzia de vezes ou menos e cada vez você estava tão amável, atencioso e gentil como você estava em 1976, fora do hotel.

Quando finalmente tivemos a chance de tocar juntos na Áustria em 2007, eu estava literalmente voltando a ser aquele moleque seboso que você conheceu e inspirou 31 anos atrás e foi uma baita honra e um sonho partilhar um palco com você e com o resto das lendas do HEAVEN & HELL.

Um par de semanas atrás, quando eu soube que você não ia ser capaz de se apresentar conosco no Sonisphere, em junho deste ano, eu quis te ligar e deixá-lo saber que eu estava pensando em você e desejando-lhe o bem, mas eu meio que me acovardei, pensando que a última coisa que você precisava em sua recuperação era se sentir obrigado a atender um telefonema de um baterista dinamarquês/fanboy. Eu hoje gostaria de ter feito essa ligação.

Vamos sentir sua falta imensamente nestas datas, e estaremos pensando em você com grande admiração e carinho durante esse prazo. Parece-me bom tê-lo em turnê com o chamado 'Big Four' pois, obviamente, você foi uma das principais razões de as quatro bandas terem existido.

Suas orelhas se queimarão durante essas duas semanas, porque todos nós vamos estar falando, relembrando e contando histórias sobre como ter te conhecido fez a nossa vida muito melhor.

Ronnie, sua voz me impactou e deu poderes, a sua música inspirou e influenciou-me, e sua bondade me tocou e me comoveu. Obrigado.

Muito amor.