Metallica - The Memory Remains
Single de "The Memory Remains" |
Um ano após o lançamento de "Load", o "Metallica" anunciou uma espécie de "continuação" do álbum - "Reload" (1997) surgiria do "excesso de produção" do disco anterior. Trocando em miúdos: a obra é , basicamente, resultado das sobras de "Load". Entre polêmicas, acusações de fãs mais radicais, clipes na MTV, turnês extensas etc. o álbum "Reload" produziu alguns clássicos, contrariando o que alguns na pensavam na época de seu lançamento. Um desses clássicos é "The Memory Remains" - o primeiro, e controverso, singlerealizado para "Reload".
A música
"The Memory Remains" pode ser encarada como uma das canções mais "Metallica" de tal fase do grupo. Porquê? Explico: fugindo do caráter mais experimental, essa faixa baseia-se, quase que integralmente, nos riffs e linhas vocais de James Hetfield. Além disso, bebe da fonte de boas doses de heavy metal - lembrando que a característica dessa fase é uma "baixa" nesse quesito - e torna-se fácil constantar, após ouvir "Load" e "Reload", que "The Memory Remains" é uma das músicas mais agressivas de ambos os álbuns, tornando, por consequência, tal canção uma das mais diferenciadas desse período.
Tendo 4:39 de tempo, "The Memory Remains" possui uma estrutura musical bastante radio friendly: seu início com o refrão ("fortune, fame, mirror...") ; os pequenos leads de guitarra e até mesmo a inclusão de uma ponte estratégica ("ashes to ashes, dust to dust...") entregam essa possível intenção de seus compositores (James Hetfied e Lars Ulrich). . Isso claro, sem esquecer a participação, tanto no clipe quanto na música, da atriz, cantora (e também ex-esposa do rockstar Mick Jagger) Marianne Faithfull com seus antológicos "nanananana..." durante a canção. Afinal, como uma voz cansada - e um pouco desafinada, convenhamos - solfejando uma (grudenta) melodia não chamaria atenção? Principalmente em uma música de uma banda como o "Metallica"? Uma grande sacada de marketing, mas que (infelizmente) ofusca a simples - porém belíssima - melodia desses trechos que podem ser ouvidos durante o "meio" e fim da composição respectivamente.
Todavia, em execuções ao vivo (que podem ser conferidas em DVDs oficais do grupo como: "S&M", de 1999, ou no mais recente "Orgulho, Paixão e Glória" , de 2009) quem não simpatiza com a "belíssima" voz de Marianne poderá ouvir as linhas instrumentais acompanhadas do coro do público. Sim, "The Memory Remains" possui uma grande energia ao vivo. Inclusive fez a alegria de alguns brasileiros, na cidade de Porto Alegre, na última passagem do grupo no Brasil.
As letras da música baseiam-se no filme "Sunset Boulevard" (Crepúsculos dos Deuses, no Brasil) de 1950, e trata, basicamente, da ideia obcessiva (beirando a loucura) de um personagem que busca reconquistar a fama a qualquer custo. Sendo o conceito da letra genérico para outras situações, mas ainda com o ar de obscuridade tradicional as letras da banda.
Lançado em Novembro de 2007, o clipe foi dirigido por Paul Andresen e apresentou uma boa rotatividade na MTV. Além da participação dos membros da banda, o vídeo também contou com a presença de Marianne Faithful.
Comentários Finais:
"The Memory Remains", com o passar do tempo, firmou-se como clássico e uma das grandes composições da banda. Mesmo com toda a "acessibilidade" criticada por fãs radicais, a canção possui muitos elementos de heavy metal, as vezes camuflados, mas estão lá.
Tendo 4:39 de tempo, "The Memory Remains" possui uma estrutura musical bastante radio friendly: seu início com o refrão ("fortune, fame, mirror...") ; os pequenos leads de guitarra e até mesmo a inclusão de uma ponte estratégica ("ashes to ashes, dust to dust...") entregam essa possível intenção de seus compositores (James Hetfied e Lars Ulrich). . Isso claro, sem esquecer a participação, tanto no clipe quanto na música, da atriz, cantora (e também ex-esposa do rockstar Mick Jagger) Marianne Faithfull com seus antológicos "nanananana..." durante a canção. Afinal, como uma voz cansada - e um pouco desafinada, convenhamos - solfejando uma (grudenta) melodia não chamaria atenção? Principalmente em uma música de uma banda como o "Metallica"? Uma grande sacada de marketing, mas que (infelizmente) ofusca a simples - porém belíssima - melodia desses trechos que podem ser ouvidos durante o "meio" e fim da composição respectivamente.
Todavia, em execuções ao vivo (que podem ser conferidas em DVDs oficais do grupo como: "S&M", de 1999, ou no mais recente "Orgulho, Paixão e Glória" , de 2009) quem não simpatiza com a "belíssima" voz de Marianne poderá ouvir as linhas instrumentais acompanhadas do coro do público. Sim, "The Memory Remains" possui uma grande energia ao vivo. Inclusive fez a alegria de alguns brasileiros, na cidade de Porto Alegre, na última passagem do grupo no Brasil.
As letras da música baseiam-se no filme "Sunset Boulevard" (Crepúsculos dos Deuses, no Brasil) de 1950, e trata, basicamente, da ideia obcessiva (beirando a loucura) de um personagem que busca reconquistar a fama a qualquer custo. Sendo o conceito da letra genérico para outras situações, mas ainda com o ar de obscuridade tradicional as letras da banda.
No que se refere a técnica, "The Memory Remains" mostra-se uma composição simples, sem grandes "reviravoltas" (mudanças de tempo) e sem fugir de campos harmônicos tradicionais ao estilo. Os momentos de climax ocorrem na, já citada, ponte e durante os trechos do "nananana..." - sendo esta a parte mais imprevisível na composição, além de contar um grande arranjo de guitarras duetadas ao fundo.
O riff principal (que pertence ao refrão) lembra algumas composições clássicas do heavy metal, como "Sabbath Bloody Sabbath" (do "Black Sabbath") e "Wratchild" (do "Iron Maiden") e até mesmo uma composição antiga da próprio "Metallica": "Fade to Black". No entanto, o riff que serve de base para os versos da música é, talvez, um dos melhores: soa impactante, improvisado. Creio que tanto o "bend" (técnica de guitarra na qual a corda é esticada para cima ou para baixo) - durante a execução do riff -, como a escala em que o mesmo se encontra (pentatônica), passa uma pequena aura "blueseira" ao excerto. Em relação ao vocal, James realiza uma boa performance cantando de uma forma bem "alta", ou seja, uma vocalização grave, porém mais aguda se comparada ao passado. Além disso o vocalista consolida de vez seus famosos "yeah!"
Numa época em que solos longos eram pecados nos hits das rádios, Kirk Hammett os executou, aqui, de forma simples, curta e eficiente - com um adicional extra de wah-wah, é verdade. O maior mérito é o fato deles (solos) fluirem de forma natural. A bateria de Lars Ulrich, com viradas bem interessantes ao longo da música, em conjunto com o baixo - que infelizmente não soa tão claro, apenas acrescenta mais peso - de Jason Newsted, completam a música.
O clipe
O riff principal (que pertence ao refrão) lembra algumas composições clássicas do heavy metal, como "Sabbath Bloody Sabbath" (do "Black Sabbath") e "Wratchild" (do "Iron Maiden") e até mesmo uma composição antiga da próprio "Metallica": "Fade to Black". No entanto, o riff que serve de base para os versos da música é, talvez, um dos melhores: soa impactante, improvisado. Creio que tanto o "bend" (técnica de guitarra na qual a corda é esticada para cima ou para baixo) - durante a execução do riff -, como a escala em que o mesmo se encontra (pentatônica), passa uma pequena aura "blueseira" ao excerto. Em relação ao vocal, James realiza uma boa performance cantando de uma forma bem "alta", ou seja, uma vocalização grave, porém mais aguda se comparada ao passado. Além disso o vocalista consolida de vez seus famosos "yeah!"
Numa época em que solos longos eram pecados nos hits das rádios, Kirk Hammett os executou, aqui, de forma simples, curta e eficiente - com um adicional extra de wah-wah, é verdade. O maior mérito é o fato deles (solos) fluirem de forma natural. A bateria de Lars Ulrich, com viradas bem interessantes ao longo da música, em conjunto com o baixo - que infelizmente não soa tão claro, apenas acrescenta mais peso - de Jason Newsted, completam a música.
O clipe
Lançado em Novembro de 2007, o clipe foi dirigido por Paul Andresen e apresentou uma boa rotatividade na MTV. Além da participação dos membros da banda, o vídeo também contou com a presença de Marianne Faithful.
Comentários Finais:
"The Memory Remains", com o passar do tempo, firmou-se como clássico e uma das grandes composições da banda. Mesmo com toda a "acessibilidade" criticada por fãs radicais, a canção possui muitos elementos de heavy metal, as vezes camuflados, mas estão lá.