terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cliff Burton: há 25 anos atrás morria o Mozart do Metal






Há exatamente 25 anos atrás, nessa noite – ou seja, por volta das 09h30min PM do horário de São Francisco, por volta de 06h30min AM na Suécia – que o baixista do Metallica, CLIFF BURTON foi morto quando o ônibus vagabundo no qual a banda estava viajando patinou para fora da estrada e tomou de lado, arremessando metade do corpo de Cliff por uma janela lateral, e aterrissando em cima dele, seus pés aparecendo para fora da estrutura.
Se Cliff não estivesse morto, ainda que ele certamente estaria após o primeiro guindaste chegar ao local do acidente e içar o ônibus de cima dele por alguns metros, só pro cabo de aço se romper e o ônibus cair de novo em cima dele com força total.
Foi um fim enojante e injusto para uma vida que tinha sido vivida como nós todos sonhamos que as vidas do rock deveriam, mas nunca o são, e agora então, um quarto de século depois, menos do que nunca.
Quando, apenas algumas semanas antes, os quatro membros do Metallica  tinham sido notificados por seus empresários que o sucesso de seu terceiro disco, ‘Master of Puppets’ – o primeiro do grupo a chegar ao Top 30 dos EUA – o que significava que eles agora poderiam fazer um pagamento de entrada em casas novas, Cliff sorriu marotamente e disse: “Eu quero uma casa onde eu possa atirar com minha arma que dispara facas!”
Uma coisa tipicamente do Cliff para se dizer, o que ele queria dizer, traduzido a grosso modo, foi: Ótimo, agora que eu tenho dinheiro eu posso ser ainda mais quem eu de fato sou.
Para Cliff Burton, veja bem, como todos os grandes nomes da música, cinema, TV, esporte – qualquer tipo de atividade criativa que por vezes chamamos de arte – não se começava ou mesmo terminava-se com quanto dinheiro você ganhasse, mas com o quão grandioso o que você fez realmente era. Não o quanto os críticos diziam que fosse. Ou mesmo os fãs, honestamente. Mas o quanto a peça estava enraizada lá dentro onde mais conta, na sua própria alma.
Você podia ver isso na superfície, no modo que ele se vestia. A própria banda dele ficava envergonhada com a preferência exagerada dele por jeans de boca-de-sino «isso numa época em que, jovens historiadores, tais calças estavam tão na moda como ombreiras enormes são hoje em dia», sua queda por cardigãs comidos por traças, e seu gosto por ficar chapado o tanto quanto possível o tão freqüente fosse possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário